Sabe aquele velho ditado que diz,
quem espera sempre alcança! [...]

Pois é....
Estou ainda esperando. Esperando algo que nem eu sei o que é,
uma coisa "impensável" com certeza, mais a pura realidade pra mim [...].
E por mais que eu tente fugir de alguma coisa que aqui dentro de mim grita desesperadamente [!]... Eu cansei! cansei mesmo de nadar, nadar e sempre morrer na praia, cansei de esperar algo novo em minha vida e só encontrar coisas velhas, coisas de alguma maneira me machucam, me fere e aos poucos me mata...

[...] Num certo momento, eu vejo que tudo está como não era antes.
Acho então o que menos eu desejava, a Solidão. [...]

A Solidão é assim em certos momentos nos traz a paz em estarmos só.
Mas em outros, nos traz arrepios e calafrios em estarmos inseguros,
sem ninguém para nos proteger.

E é nestas horas que me pego chorando, triste, com aquela vontade loca e imensa de morrer, de acabar ali mesmo com este sofrimento [..]! Vem a tona tudo, tudo de ruim que já me aconteceu, é como se tivesse alguém me falando em minha mente comigo mesmo, mais apenas me mostrando as coisas ruins, não entendo! {.}
Mais aí vem o medo, um medo enorme de morrer misturado com coragem de sair e enfrentar o mundo, e talvez esta coragem seja a que me faz pensar que ainda assim, vale a pena viver [!!!].

E aos poucos eu aprendo que a única maneira de me livrar dela, a bendita solidão[!], é apenas descruzar os braços e arrancar com toda ferocidade o que me cega.
É ter coragem para enfrentar o obscuro. (...)
Só assim conseguirei ver que nas paredes, além de espinhos, há flores,
lindas flores, e que no outro lado daquela faixa negra que me cerca,
um anjo havia escrito que a felicidade só dependeria de mim...

E assim, vou vivendo...
Quem sabe um dia alcanço algo....


No mais a vida segue!


Ram Lin Avlis